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segunda-feira, 29 de abril, 2024
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Força tarefa combaterá fraudes em ligações de rede de água em MS

A preparação já esta ocorrendo e a ação nas ruas deve começar em breve para uma anunciada recém criada ‘força tarefa’ para combater fraudes em ligações de rede de água em Mato Grosso do Sul. A ação, uma iniciativa conjunta entre a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) e a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), fará operação para detectar e acabar com as ligações de abastecimento de água no Estado, conhecida como os ‘gatos’.

O anuncio nesta sexta-feira (12), aponta que o trabalho terá início ou é previsto para “ir as ruas”, já neste mês de maio. A ‘Força Tarefa’ terá como ponto de partida o município de Corumbá, que registra o maior índice de perdas de água em todo o Estado.

Considerada a maior fonte de dsperdício de água nos sistemas de abastecimento e popularmente conhecida como ‘gato’, a ligação clandestina é a forma comumente encontrada por alguns consumidores para ter acesso ao fornecimento de água sem a devida cobrança legal.

De acordo com o gerente da unidade regional do município, Marcos Martins, o índice de perdas de água na região, devido aos conhecidos “gatos”, chega aos alarmantes 72%. Apesar de já considerads como prática criminosa passível de penalidades, inclusive de prisão, o município Corumbaense é praticamente uma ‘terra sem lei’ do saneamento.

Força tarefa combaterá fraudes em ligações de rede de água em MS
Empregados da Sanesul recebem treinamento de como agir na abordagem

Situação pode ter penalidades aos municípios

Atento à Lei do Marco Regulatório do Saneamento, que estabelece penalidades aos municípios que não se adequar à redução das perdas, o diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, decidiu buscar apoio institucional da Sejusp com objetivo de envolver a atuação da Polícia Civil na operação a ser deflagrada nas 68 cidades atendidas pela empresa.

“A Sanesul já identificou que nossa perda é na grande maioria originária em fraudes. Assim, a empresa montou um programa com equipes exclusivas de combate a fraude”, reforçou o gerente da unidade regional.

Pela legislação brasileira, a prática de fraudes nas ligações de redes de energia e água é crime, tipificado como furto.

“Tínhamos dificuldades de alinhar ações conjuntas com a Polícia Civil, uma vez que precisamos registrar a ocorrência (notícia crime). Assim, uma articulação da Sanesul junto a Secretaria de Segurança e polícia civil de Corumbá esta possibilitando ação conjunta no combate a este tipo de crime”, acrescentou Marcos Martins.

TREINAMENTO

Como parte da operação, haverá treinamentos e uma série de atividades visando detalhar a abordagem nas residências onde forem constatadas esse tipo de fraude, entre outros elementos importantes a atuação conjunta envolvendo o poder público.

“Foi realizada uma palestra do delegado titular do cartório de roubos e furtos, objetivando passar aos nossos funcionários  da Sanesul segurança jurídica e as possibilidades de ações da polícia no combate a esta tipificação penal. Além disso, os nossos funcionários terão uma reunião com os peritos policiais para troca de informações, especificamente, quando apresentaremos os modos corretivos de fraudes”, adiantou.

“Com essa iniciativa, espera-se reduzir significativamente as perdas de água decorrentes de fraudes nas ligações, garantindo assim um serviço mais eficiente e justo para toda a população do estado de Mato Grosso do Sul”, afirma Renato Marcílio.

CRIME PREVÊ PRISÃO

Com a alegação de estado de necessidade, esse tipo de fraude pode ocorrer de diversas formas e já são consideradas como prática criminosa passível de penalidades, inclusive de prisão.

Uma ligação clandestina é, portanto, facilmente identificável. A suspeita na queda do consumo do abastecimento de determinado imóvel ou as denúncias ao órgão são suficientes para que seja feita a fiscalização da ligação, que ocorre mais frequentemente em imóveis residenciais.

A Sanesul alerta que as fraudes implicam não apenas em penalidades, mas também o funcionamento do sistema de abastecimento do município, resultando em vazamentos, perda de pressão na rede, falta d’água, infiltrações e contaminação da rede pública.

Além disso, essas práticas ilegais contribuem para o encarecimento da tarifa de água, pois aumentam os custos de tratamento e distribuição, refletindo diretamente na cobrança ao consumidor.

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