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sábado, 27 de abril, 2024
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Investimento e empreendedorismo: um ótimo caminho em 2021

Durante a pandemia de 2020 passamos por momentos de tensão e de grandes indecisões que provocaram muitas transformações no ambiente de trabalho e na forma de fazer negócios.  Mas, 2021 chegou para renascer as esperanças. 

Para este ano, estima-se um crescimento de 4% para a economia brasileira (PIB), ante uma recessão dos mesmos 4% previstos para 2020, causados, principalmente, pela Covid-19. Apesar de o desemprego ainda estar em alta e de que muitas empresas ainda podem deixar de existir, devemos considerar que as pessoas vão continuar a fazer negócios, a empreender e a consumir, eis aqui o caminho das oportunidades. Empreender representa sempre um risco, mas, também, é uma solução. 

Planejamento, observação e investimentos são importantes nesse momento. O primeiro vai levá-lo a analisar, inclusive, a possibilidade de projetos de investimento para a sua vida privada ou comercial. Comece verificando a disponibilidade de recursos e se isso não prejudicará o andamento do seu negócio ou a estabilidade da vida privada. Investir é uma boa alternativa para retomar a nossa prosperidade e detectar as oportunidades é uma meta a ser perseguida por empreendedores e gestores, principalmente, nestas épocas de mudanças radicais de mercado.

Onde e como investir são dúvidas que persistem aos que empreendem. A globalização, o aumento da competitividade, a concorrência, o novo perfil do cliente, a infidelidade, a qualidade dos produtos e seus benefícios e a tecnologia são os principais paradigmas enfrentados na hora de tomar uma decisão. Realizar a avaliação de riscos, considerar as fontes de recursos e os retornos esperados também são primordiais.

Então, se entender que hoje é o melhor momento, mãos à obra! Analise o que mudou ou está em transição no mercado: home office, aumento da produtividade, compras online, menos viagens, mais conferências e reuniões em vídeo, ampliação das necessidades por serviços, entre outras atitudes, e veja se tem capacidade ou possibilidade de potencializar o rumo do seu negócio e/ou investir em um novo empreendimento aproveitando o cenário atual.

Ao longo dos anos, a participação das atividades de serviços no Produto Interno Bruto (PIB) tem crescido substancialmente. No Brasil, ela passou de 55,7% em 1947 para 74% neste último ano, segundo dados de um estudo da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Também é uma área que se destaca na geração de renda e emprego em nosso país. E Campo Grande é um bom exemplo deste rumo que está seguindo a economia, onde em torno de 85% da atividade econômica local é representada pelos segmentos de Comércio e Serviços, áreas que, juntas, crescem 60% mais rápido do que o segmento de produção de bens e de mercadorias de consumo no mundo. Projeta-se que não devem haver mudanças na participação dos segmentos de comércio e serviços no PIB local e na atividade econômica futura em nossa capital. Eis nossa vocação atual que deve ser observada com atenção pelos empreendedores.

Com a taxa Selic em baixa (2% ao ano em 2020) o capital investido no Brasil saiu da especulação no mercado para o direcionamento em investimentos em empresas e em negócios. Empreender se tornou uma saída, inclusive, para o desemprego. Muitos microempreendedores individuais (MEIs) surgiram no período, já que, com baixo custo, uma pessoa pode buscar a remuneração necessária para o seu sustento realizando atividades de serviço, comércio e pequena manufatura e seu investimento é recompensado, normalmente, com ganhos maiores do que qualquer aplicação.

Projetos de investimento devem prever uma rentabilidade superior a qualquer remuneração que o empreendedor tenha hoje no mercado financeiro ou no seu negócio atual. E isso pode ser feito optando por investir no próprio empreendimento, ampliando ou inovando a atividade comercial, ou criando um novo negócio. Tenha sempre em mente o planejamento e a análise como aliadas nesse caminho. 

E um dos instrumentos essenciais nessa etapa é o plano de negócios. Ele avaliará o projeto de investimento e incluirá análises do produto ou serviço que serão ofertados e sobre o mercado e a competitividade, além de considerar o estudo de viabilidade econômico-financeira e os aspectos organizacionais e de gestão do empreendimento. Com este estudo será possível averiguar corretamente e antecipadamente os investimentos necessários, o retorno do capital investido e as fontes de recursos, sejam estas oriundas de recursos próprios, de sócios ou de instituições financeiras. 

Caso queira financiar parte do investimento, as instituições de fomento e bancos podem oferecer recursos de pagamento em longo prazo. O endividamento nesse caso funciona como fator do aumento do lucro por cada unidade de capital investido, sempre que o retorno da empresa esteja acima do custo do endividamento. Tudo dependerá do estudo feito do projeto de investimento que deverá ser sempre o mais fiel à realidade do negócio que se pretende implantar. 

Investir em negócios deve levar segurança às pessoas. Investir não é especular, exige informação. Por isso, avalie as oportunidades e riscos do mercado atual pós-Covid-19 e não se fixe nos rumos negativos observados em 2020. Mantenha a mente aberta e atenta às possibilidades que este mercado está oferecendo e aproveite as sinalizações para reavaliar seus negócios, buscando rentabilizar seus recursos disponíveis através de bons projetos de investimento. Empreender é uma forma das pessoas crescerem economicamente, inclusive, visando a aposentadoria e conforto da família. Pense nisso!

Por: Dieter Augusto Dreyer*

*É diretor da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, administrador e consultor de empresas, especializado em gestão e projetos e proprietário da Planer Soluções Empresariais

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