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domingo, 5 de maio, 2024
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Latinidade toma conta de Nova Andradina no próximo sábado

Projeto Kzulo chega a Nova Andradina com o trabalho “Memória e Identidade”.

Ritmos transfronteiriços, energia latino-americana e livre acesso a difusão cultural e aprimoramento artísticos. Esses são os elementos que têm dado a cadência do projeto “Memória e Identidade”, do Projeto Kzulo. O trabalho segue em turnê por cidades do interior do Mato Grosso do Sul e nesta semana chega a Nova Andradina. A programação está marcada para o próximo sábado (6), a partir das 15h serão iniciadas as vivências artísticas – no Centro de Convenções Ubaldino de Souza – e a noite, às 20h30, é a vez da festa tomar conta com os shows na Praça das Luzes. As atividades são todas gratuitas.

Para o percussionista Julián Vargas, um dos pontos altos do projeto é essa característica itinerante que tem proporcionado uma experiência singular aos oito integrantes. “Já participamos de festivais e eventos no Estado, mas, essa é primeira vez que circulamos com recorrência pelo interior com um projeto que traz oficinas artísticas e que nos coloca nessa posição de troca, intercâmbio cultural”, garante ele que vê um crescimento para a banda.

“É algo muito bom porque a gente cruza fronteiras, chega em mais cidades do MS, algumas que estão fora dos festivais tradicionais e com isso nos aproximamos de outros públicos. E, também, tem o aprimoramento artístico com trocas artísticas que tem contado com a participação de músicos nas vivências e muitos deles têm demonstrado interesse para novas parcerias, por isso, acredito que o projeto tem atingido o seu objetivo de promover cultura direcionada à população sul-mato-grossense”, enfatiza.

Ao todo, o projeto “Memória e Identidade” oferece três vivências  artísticas, são elas: Gestão de Projetos Culturais na Área Musical; Musicalização, Ritmo e Percussão e Composição Musical. 

Raízes e reconhecimento

Outro grande diferencial da iniciativa é que além do conceito profissionalizante, há também a valorização da prata da casa. É que em cada uma das três cidades (Dourados, Três Lagoas e Nova Andradina) escolhidas para sediar o projeto, um artista local é convidado para fazer o show de abertura, como é o caso do cantor Theagá que fará as honras da casa na Praça das Luzes, situada na Avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade, centro de Nova Andradina.

“Sei o tamanho do Projeto Kzulo para o cenário artístico de MS e receber este convite foi uma honra, já que um projeto assim abre muitas portas, nos faz também ser referência e inspiração para muitas pessoas que querem começar na arte e produzir seus conteúdos”, comenta o cantor.

Para quem é a única artista, mulher, da banda a experiência tem suas particularidades. “Há trocas incríveis com os outros artistas da banda, temos crescido juntos, com uma sintonia muito boa em que todos tem espaço para trocas”, afirma ela ao perceber a evolução do grupo ao longo do projeto, “O trabalho vem com essa força da latinidade e pelo menos pra mim é muito novo esse espaço de saber o que as pessoas pensam sobre o assunto e, também, delas terem um espaço de fala e troca em que podem se observar nesse lugar de cidadãos latino-americanos. Acredito que Nova Andradina vai ser uma reta final incrível”.

Já para quem retorna à cidade natal a percepção do projeto traz memórias afetivas. É o caso do baixista Ricardo Lourenço que está com a cabeça e o coração a mil. “É a responsabilidade de poder levar aquilo que eu sempre quis ter na minha cidade. Tenho certeza que vamos entregar algo muito bacana, gurizada vai adorar a vivência. Emoção total porque eu saí de lá para reconstruir a minha carreira e, hoje, morando em Campo Grande, estou tendo bons frutos e espero que sirva de inspiração para a nova geração acreditar que a arte pode ser um meio de vida para poder sobreviver”.

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