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Maior fábrica de proteína de soja da América Latina é inaugurada na Capital

Publicado em 08/06/2018 15h10

Maior fábrica de proteína de soja da América Latina é inaugurada na Capital

A indústria tem capacidade de produzir 50 mil toneladas

Da redação

Campo Grande recebe uma das maiores tradings de produtos agrícolas do mundo. Com investimentos de US$ 250 milhões, a americana Archer Daniels Midland Company (ADM) foi inaugurada na manhã desta sexta-feira (8), com capacidade de produção de 50 mil toneladas por ano, gerando 140 empregos, em um complexo que conta com cinco plantas.

A empresa atua em Campo Grande desde os anos 2000 no processamento de soja e na produção de óleo do grão. Com funcionamento da nova fábrica, passará a ter a maior indústria de proteínas de soja da América Latina. “Essa nova unidade é de extrema importância porque vai agregar valor a matéria prima que já é produzida aqui em Mato Grosso do Sul”, destaca o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

A indústria terá capacidade de produzir 50 mil toneladas de proteína concentrada, quatro famílias de farinhas texturizadas que devem se transformar em barra de cereais, bebidas proteicas, pães e biscoitos. Produtos esses que vão direto para a mesa do consumidor.

“Transforma soja em proteína texturizada. São 70 tipos de proteína que vão agregar à cadeia alimentar, como conservação de produtos. Esse produto era importado dos EUA e hoje é produzido em Campo Grande. Tem geração de empregos também, que traz mais uma oportunidade no Núcleo Industrial. E o investimento não só para a ADM. Com a chegada deles, vai trazer novas indústrias, agrega novo cadeiamento industrial que deve gerar ainda mais emprego”, comentou Azambuja durante o evento de inauguração.

De acordo com o presidente da empresa, Roberto Ceciliano, a unidade de Campo Grande, no distrito de Indubrasil, será a maior fábrica de proteínas concentrada de soja da América Latina. O objetivo é que a produção seja vendida em 70% dentro do Brasil e 30% segue para exportação, com foco nos países sul-americanos, mas também em comércio com a Europa, África e Ásia.

As cinco plantas dentro do complexo já estão operando, sendo que a unidade vai produzir matéria-prima para consumo humano, como a farinha de soja, diferente da unidade anterior na cidade que tinha maior produção para alimentação animal. “Queremos incentivar o aumento do consumo de proteína de soja, para fomentar o crescimento do setor”, disse Ceciliano.

Neste complexo serão feitos por exemplo quatro tipos de farinha de soja: a normal que possui 50% de proteína, a texturizada que conta de 50% a 70% (proteína), a processada que chega a 70% e a isolada com 90% (proteína), usada para a produção de bebidas.

Operacionalidade

A concretização da fábrica de proteínas de soja da ADM foi garantida por meio da contratação de R$ 274 milhões feita pela empresa junto ao Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO). Essa foi a primeira contratação de recursos desse fundo concretizada para Mato Grosso do Sul, fator que, segundo afirma o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, na época, “simbolizou o novo momento na atração de investimentos para o Estado”.

Além de revitalizar o Indubrasil para dar estrutura à implantação da nova fábrica da ADM, o Governo do Estado está garantindo a operacionalidade dessa e de outras indústrias já instaladas no local.

Nova fábrica de proteína de soja em Campo Grande, na região do Indubrasil (Foto: Divulgação - ADM Brasil)

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