27.2 C
Campo Grande
sexta-feira, 19 de abril, 2024
spot_img

Mapa publica zoneamento agrícola da melancia em Mato Grosso do Sul

Publicado ontem terça-feira (29) no Diário Oficial da União, portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para o cultivo da melancia em Mato Grosso do Sul. A Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) atuou para essa publicação que beneficia os produtores do Estado.

Atendendo a pedido dos produtores de melancia de Eldorado, a Semagro articulou a elaboração de estudos de zoneamento agrícola de risco climático (ZARC) da melancia no Estado, que recebeu aporte financeiro da Famasul e Senar MS e foi realizado pela Embrapa Oeste. Os resultados foram apresentados no fim do novembro.

“Essa publicação beneficia diretamente os produtores de melancia de Mato Grosso do Sul, dando condições adequadas para ter cobertura de seguro em outros períodos diferentes de quando era feito o plantio. É uma ação de política agrícola do Estado de buscar adequar os zoneamentos climáticos para a prática das culturas”, explica o secretário Jaime Verruck.

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é um instrumento público de política agrícola e gestão de riscos na agricultura. O estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos causadores de perdas significativas na produção agropecuária e, indica para cada município a melhor época ou janela de semeadura/plantio das culturas nos diferentes tipos de solo e para os diferentes ciclos de cultivar. Para fazer jus ao PROAGRO, ao PROAGRO Mais e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural, o produtor deve observaras recomendações desse pacote tecnológico.

Pesquisa

O pesquisador Carlos Ricardo Fietz, da Embrapa Agropecuária Oeste, explica que em Mato Grosso do Sul foram apresentadas duas propostas de zoneamento, sendo uma para melancia em condições de clima quente (mais comum) e outra para a melancia de clima ameno ou frio, mais específico para o sul do estado, no período de abril até agosto. Segundo Fietz, os modelos de simulações do Zarc foram feitos para duas condições diferentes de manejo, ou seja, para a cultura de sequeiro e para a cultura irrigada. “A irrigação deve ser vista com bons olhos, pois diminui muito os riscos de perdas na cultura da melancia”, diz.

O pesquisador Éder Comunello, também da Embrapa Agropecuária Oeste, explica que os resultados do Zarc para Mato Grosso do Sul são bem diferentes do atual e houve muitas mudanças. Segundo ele, os três principais fatores de risco avaliados nesta pesquisa foram: deficiência hídrica, geada e chuva no período da colheita. Ele destaca ainda a relevância da validação dos resultados junto aos produtores.

O chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, enfatiza a importância dos investimentos na construção dos dois novos lisímetros na Unidade. Os lisímetros são equipamentos instalados a campo e que medem o consumo hídrico das culturas. Segundo Harley, esses equipamentos vão possibilitar um aperfeiçoamento ainda maior do Zoneamento. “Os lisímetros são ferramentas fundamentais para a pesquisa”, acrescenta. Segundo ele, uma das prioridades da Embrapa é contribuir com políticas públicas por meio de informações científicas que possibilitem a produção sustentável dos sistemas agropecuários.

Fale com a Redação