Segundo a PF, do Grupo Petrópolis teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior.
31/07/2019 08h10
Por: Redação
A cidade de Cassilândia é alvo da operação ” Lava Jato”, foi deflagrada na manhã de hoje a 62º fase da Operação Lava Jato, denominada ‘Rock City’. São cumpridos 39 mandados sendo, 1 mandado de prisão preventiva, 5 mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão. A ação apura o pagamento de propinas disfarçadas de doações de campanha eleitoral realizada por empresas do Grupo Petrópolis. A cidade tem uma distribuidora do grupo.
O grupo Petrópolis é dono de marcas de cerveja como Itaipava, Crystal, Lokal e Petra, além do energético TNT. O grupo tem sete fábricas em cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Mato Grosso do Sul.
A suspeita, segundo a PF, é que, em troca, offshores relacionadas ao Grupo Odebrecht no exterior transferências de valores para o Grupo Petrópolis fora do Brasil.
A informação da Polícia Federal é que um executivo da Odebrecht afirmou em delação premiada que utilizou o Grupo Petrópolis para realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outurbo de 2008 a junho de 2014.
Em setembro de 2017, Walter Faria, presidente do Grupo Petrópolis, entregou à Polícia Federal planilhas com informações sobre repasses da empresa a políticos a pedido da Odebrecht.
Estas doações resultaram em uma dívida de R$ 120 milhões da Odebrecht com a cervejaria. Em contrapartida, a Odebrecht investia em negócios do grupo.
Os investigadores apontam ainda que um dos investigados usou o programa de repatriação de recursos de 2017 para trazer ao Brasil, de forma ilegal, R$ 1,4 bilhão que foram obtidos por meio do esquema.
Os mandados são cumpridos pela PF em 15 cidades diferentes e foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba. A nova fase foi batizada de Rock City.