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sexta-feira, 26 de abril, 2024
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Pagamento sem contato cresce 374% durante a pandemia

O hábito de realizar pagamentos por aproximação tem aumentado de maneira considerável entre os brasileiros. No decorrer de 2020, a quantidade mensal de transações dessa modalidade deu um salto, passando de 22,6 milhões, em janeiro, para 114 milhões, em dezembro, de acordo com dados da Abecs, associação que representa o setor de cartões. Ao todo, o pagamento sem contato foi realizado 587 milhões de vezes em 2020, com crescimento de 374% em relação ao ano anterior.

Chama a atenção também o volume movimentado nessas transações. Em 2020, foram R$ 41 bilhões em compras por meio de cartão, celular, relógio, entre outros dispositivos equipados com a tecnologia NFC (Near Field Communication), o que significou um crescimento de 470% em relação a 2019. A participação desse tipo de transação no total movimentado pelo setor de cartões pulou de 0,70%, em janeiro, para 3,25%, em dezembro do ano passado. No mesmo período, o tíquete médio da modalidade ficou em R$ 70.

Efeitos da pandemia As mudanças no comportamento de consumo ocasionadas pela pandemia de Covid-19 aceleraram a popularização do pagamento por aproximação, visto como uma transação segura por evitar o contato físico. Em pesquisa realizada pela Mastercard no início da pandemia, 88% dos brasileiros consideravam o pagamento sem contato mais conveniente do que o uso do dinheiro, e 75% daqueles que experimentaram a tecnologia passaram a incorporar esse novo hábito e devem mantê-lo mesmo após a crise sanitária.
No ano passado, entre aqueles que já haviam realizado pagamentos por aproximação, 72% usaram o cartão físico e 49%, o celular (por meio de carteiras virtuais). Sobre os locais em que os pagamentos por aproximação foram mais utilizados desde o início da pandemia no Brasil, supermercados, mercados e mercearias lideram com 79%, seguidos por farmácias (67%) e redes de fast food ou restaurantes (35%).

Esforços do setor

Ainda que parte desse crescimento esteja relacionada à pandemia, diversas iniciativas do setor de cartões também contribuem para a disseminação da modalidade. Ao longo do ano passado, as empresas ampliaram o limite de compra por aproximação sem a necessidade de digitar senha. O teto, que antes era de R$ 50, passou para R$ 100, em julho, e, neste ano, mudou para R$ 200. A medida é considerada um passo importante para a adoção em escala, já que a faixa de valor até R$ 200 engloba cerca de 80% das transações com cartões no Brasil.

Bancos e outros emissores de cartão também têm priorizado a emissão de cartões já equipados com a tecnologia de aproximação, substituindo os antigos plásticos. Da mesma forma, a grande maioria das maquininhas de cartão e de outros equipamentos de captura espalhados por todo o Brasil já está habilitada a aceitar pagamentos sem contato.

Outro movimento é a diversificação de possibilidades de transação para além do comércio em geral. A modalidade vem sendo implantada em outros segmentos, como o transporte público e também em praças de pedágio, ambientes em que o pagamento sem contato pode significar ainda mais agilidade e conveniência aos usuários.

Fonte: Abecs

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