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sábado, 20 de abril, 2024
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Seleção Feminina encara a Holanda em busca da segunda vitória em Tóquio

Brasil volta a campo neste sábado (24), às 7h (horário de MS), no Estádio Miyagi, no Japão

É hora de dar mais um passo na busca pelo ouro. Neste sábado (23), a Seleção Brasileira tem um grande desafio pela frente: a Holanda, atual vice-campeã mundial. A bola rola no Estádio de Miyagi, mesmo palco da estreia, às 7h (horário de MS), com transmissão ao vivo da Rede Globo, do Sportv e da BandSports.

Confronto inédito

Brasil e Holanda nunca se enfrentaram em Jogos Olímpicos. Afinal, esta é a primeira vez que as holandesas participam do torneio de futebol feminino em uma Olimpíada. A seleção europeia conseguiu sua primeira classificação para um campeonato internacional em 2009, na Eurocopa, e terminou o torneio em terceiro lugar. A equipe vem em franca ascensão no último ciclo olímpico. Sob o comando da técnica Sarina Wiegman, as holandesas foram campeãs europeias em 2017, qualificando-se para a Copa do Mundo de 2019. No Mundial, mais um resultado expressivo: o vice-campeonato, perdendo para os Estados Unidos na final.

A Canarinho, por sua vez, é uma das seleções mais tradicionais da modalidade em Olimpíadas. O Brasil tem duas medalhas de prata (Atenas 2004 e Pequim 2008) e é uma das únicas três seleções a participar de todas as edições, ao lado de Estados Unidos e Suécia. Ao todo, são 33 partidas disputadas em Jogos Olímpicos, com 16 vitórias, seis empates e 11 derrotas. 

A onipresente Pia

O seleto grupo de participantes históricos pode ter três seleções, mas conta também com um destaque individual: a técnica Pia Sundhage. Ela estreou como jogadora pela Suécia em Atlanta 1996. Em 2000 e 2004, foi observadora técnica nas comissões de Suécia e Estados, respectivamente.

Como treinadora, Pia sempre levou seus times à decisão do torneio. Ela foi bicampeã olímpica com os Estados Unidos em 2008 e 2012 e, na Rio 2016, conquistou a medalha de prata com a Suécia, eliminando o Brasil em casa na semifinal. Antes da partida deste sábado, a treinadora alertou sobre a qualidade das vice-campeãs mundiais.

“A Holanda é o adversário mais difícil do nosso grupo. Em 2017, quando treinava a Suécia, elas nos eliminaram nas quartas de final da Eurocopa. Têm uma treinadora muito experiente, que está no jogo há bastante tempo e é muito bem sucedida. Eu tenho muito respeito por ela e pelo time. Gostaria de lembrá-los que estamos falando do segundo melhor time do mundo. Elas têm as mesmas ótimas jogadoras e uma ótima técnica. Dito isso, nós fizemos nosso trabalho e temos uma ideia de como podemos superá-las com nossos pontos fortes e explorar suas fraquezas”, afirmou Pia.

Teste de alto nível

Para a lateral Tamires, a Seleção está preparada para o duelo e tem uma defesa sólida para frear o forte ataque holandês. Assim como o Brasil, a equipe europeia também estreou com goleada em Tóquio, derrotando a Zâmbia por 10 a 3.

“A gente conhece mais o estilo de jogo da Holanda. Elas têm bastante velocidade, exploram bastante as beiradas. Será um bom teste para nós, que temos treinado bastante essa linha defensiva e viemos aprimorando a compactação. Na última vez que as enfrentamos, tivemos boas chances de gol. Nosso trabalho vem evoluindo também e espero que a gente possa executar bem esse plano de jogo que a Pia gosta”, disse Tamires, lembrando o confronto no Torneio Internacional da França. Na ocasião, Brasil e Holanda empataram sem gols.

Fala, lenda!

Recordista em participações olímpicas, Formiga também falou sobre o trabalho da Seleção Feminina em Tóquio. Depois da vitória na estreia, a meio-campista aposta na comunicação para que o Brasil mantenha sua organização tática neste novo desafio.

“Sabemos da potência que a Holanda tem do meio para a frente. Precisamos realmente estar bem compactadas e a comunicação acho que vai nos ajudar bastante, da goleira para a zagueira, da zagueira para o meio-campo e do meio para as atacantes. Se conseguirmos roubar a bola e já fazer essa transição direta para o ataque, com bola no chão, acho que levamos vantagem. A qualidade do meio-campo delas é impressionante, mas acredito que fazendo esse trabalho em conjunto, com a linha de quatro no meio, isso vai ajudar bastante para que a gente não sofra tanto lá atrás”, analisou.

Media Guide

Para saber tudo sobre a Seleção Feminina e os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, confira agora o Media Guide da Seleção Feminina, preparado com identidade visual inspirado na cultura nipônica.

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