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Situações do dia a dia ajudam a compreender a matemática da sala de aula

Publicado em 24/10/2017 12h45

Situações do dia a dia ajudam a compreender a matemática da sala de aula

Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) revelam que nas operações que envolvem situações do cotidiano os brasileiros se saem melhor

Usar placas fotovoltaicas para gerar energia a postes de rua, aproveitar caroços de açaí descartados no processamento da fruta para produzir vasos sanitários biodegradáveis: essas são algumas das soluções desenvolvidas por estudantes do ensino básico no Amapá (AP) que usaram a matemática para resolver problemas do cotidiano de suas comunidades.

Segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), é nas operações que envolvem situações do dia a dia que os brasileiros se saem melhor. Nas questões de categoria quantidade, que levavam em conta perguntas sobre dinheiro, proporções e aritmética e também jogos, finanças e preparo de refeições, os estudantes obtiveram os melhores resultados.

Apesar do desempenho dos jovens brasileiros na disciplina ser inferior ao da média dos integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): 377 e 490, respectivamente, a comparação da disciplina com situações cotidianas deveria ser mais explorada para melhorar o desempenho dos estudantes. É o que defende o professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Rafael Pontes.

“Quando o aluno experimenta, seja numa simulação de computador, software ou aplicativo, dá a sensação de pertencimento, de que a matemática está presente no seu cotidiano. Assim pode aprender conceitos teóricos de forma mais significativa”, destacou.

O professor explica ainda que, dessa forma, os estudantes podem vislumbrar a matemática em diversas atividades: desde operações domésticas, como calcular o troco de compras, mas também em situações mais complexas como a utilização da geometria usada pelos engenheiros na construção de prédios. A matemática também está presente no desenvolvimento de tecnologias, na arte, na música e na pintura, defende o professor.

“A formação de professores ainda é muito pautada em fórmulas e teoria, e isso se desconecta do mundo mais pragmático. Mas quando traz para a realidade de jogos, computador, celular, o aluno não vai mais se assustar”, defende. “Tem de mudar a linguagem e tornar a matemática mais próxima da realidade social que se vive hoje.”

Uma das ferramentas que podem ser utilizadas pelos professores é o Banco Internacional de Objetos Educacionais, do Ministério da Educação. A plataforma traz recursos aos professores em diversas mídias para atrelar a tecnologia ao ensino e torná-lo mais desafiador e atrativo aos estudantes.

Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Educação

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