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quinta-feira, 28 de março, 2024
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Amigos organizam manifestação pedindo justiça pela morte do PM Luciano morto no trânsito

Grupo de amigos do soldado da Polícia Militar Luciano Abel de Carvalho Nunes, de 29 anos, morto durante acidente de trânsito na madrugada do último dia 19, estão organizando em rede social – Facebook – uma manifestação pacífica com pedido de justiça.

A manifestação está marcada para próxima segunda-feira (26) as 10 horas em frente a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Campo Grande, que fica na Avenida Mato Grosso, 4700. Na rede social já existem até o fechamento desta reportagem a confirmação 127 participantes.

O caso

O militar conduzia uma moto XJ6 600 cilindradas, quando foi colhido pelo condutor de veículo Cobalt, no cruzamento da Avenida João Arinos com a Rua Centáurea, na saída para Três Lagoas, na madrugada de segunda-feira (19).

Com o impacto, o corpo do policial militar foi lançado a cerca de 30 metros do ponto de colisão. O motorista e advogado, Helder da Cunha Rodrigues, 37 anos, fugiu a pé do local e depois acabou preso na delegacia de Polícia Civil próxima da região, no Bairro Tiradentes. Ele alegou que teve medo de ser agredido.

No depoimento, Helder admitiu que havia bebido quatro doses de vodca, além de ser contatada a embriaguez pelo teste de bafômetro. No carro, foi achada meia garrafa da bebida.

O motorista não tinha habilitação para dirigir veículos e sim motocicletas, de acordo com a informação divulgada pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

Após ser autuado em flagrante na Polícia Civil, foi recolhido em uma sala especial para advogados no Presídio Militar Estadual, no Jardim Noroeste, onde permanece preso.

Carta

Helder, escreveu carta de próprio punho manifestando arrependimento e desculpas à família da vítima. (Leia a carta na íntegra ao final da reportagem).

O advogado em uma folha de caderno, não descartou a culpa e se apresenta como “homem que busca receber perdão”. “Não estou discutindo conduta ou razão, mas meus atos contribuíram na morte de alguém muito importante para a sociedade, peço perdão a família e amigos e a instituição a qual me representa, a Ordem dos Advogados do Brasil, bem como a todos que de alguma forma sofreram ao receber essa notícia. Peço perdão a Deus, a minha família, amigos e conhecidos, muitos sabem da minha índole do quanto eu batalhei e lutei para me tornar advogado (sic)”, diz trecho. 

A carta foi entregue ao defensor Pedro Paulo Sperb Wanderley. Segundo ele, essa “foi a maneira que Helder encontrou, privado da liberdade, de contar a sua conversão e mostrar a pessoa que é: batalhadora, guerreira e que sempre buscou o correto, mas acabou se envolvendo em trágico acidente”. 

De acordo com Pedro Paulo, a carta será juntada aos autos do processo em momento oportuno. Uma nova tentativa de revogação da prisão ainda está sendo analisada, e deverá ser apresentada na próxima semana.

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