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domingo, 16 de junho, 2024
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Justiça bloqueia R$ 12,5 milhões de Claudinho Serra por desvios na prefeitura de Sidrolândia

O Poder Judiciário segue com capítulos da novela em escândalo de corrupção na Prefeitura do município de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, que envolve 22 pessoas (veja nomes abaixo), que já viraram réus judicialmente e aguardam julgamento, mas podem enfrentar procedimentos até a chegada do julgamento. Todos, que serão julgados, inclui até o vereador da Capital, Claudinho Serra (PSDB), atualmente afastado da Câmara, que era então secretário de Fazenda, e, é acusado de ser chefe do grupo que teria se formado na gestão municipal.

Nesta quinta-feira (23), a Justiça determinou o sequestro de R$ 12,5 milhões em contas bancárias e bens do vereador. Claudinho Serra, que já foi preso pro 20 dias, e virou réu pelos crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e fraude em licitações. Os fatos até teriam iniciados em 2017, em gestão anterior, mas continuado e estaria se perpetrado na administração pública local, com o agravante de hoje ser comandada pela sogra dele, a prefeita Vanda Camilo (PP).

Veja abaixo, todo histórico do caso, que o Enfoque MS vem noticiando ante o vereador afastado da Capital, ser acusado de chefiar uma organização criminosa que teria desviado uma fortuna da Prefeitura de Sidrolândia, já no período de comando da sogra. As acusações e processo são do MPE-MS (Ministério Público Estadual), responsável por investigações e atribuição dos quatro crimes apontados, em procedimentos que vem desde de maio de 2023.

O MPE-MS pediu o bloqueio de 22 réus por integrar o grupo, apontado com comando de Claudinho. O sequestro foi determinado pelo juiz Fernando Moreira de Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, antes de sair de férias. Ele está sendo substituído até o início de junho pelo juiz Fábio Henrique Calazans Ramos, da 13ª Vara Cível de Campo Grande.

Procedimentos atual

Conforme o blog ‘O Jacaré’, que foi quem noticiou primeiramente o fato deste procedimento, a promotora Bianka Machado Mendes e os promotores Adriano Lobo Viana de Resende e Humberto Lapa Ferri, do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção), pediram o bloqueio de R$ 12,5 milhões de Claudinho.

Apontado com um dos pivôs no esquema, o empresário Ricardo José Rocamora Alves, que ficou foragido por oito meses e só foi preso após ser deflagrada a 3ª fase da Operação Tromper, teve o bloqueio de R$ 1,4 milhão deferido pela Justiça.

O genro da prefeita Vanda Camilo (PP), ex-servidores e empresários viraram réus pelos crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, organização criminosa, fraude em licitações e concurso material dos crimes.

“Estão presentes prova da materialidade dos crimes, bem como indícios suficientes da autoria delitiva. A denúncia preenche os requisitos previstos no artigo 41 do Código de Processo Penal, e não se vislumbram, nessa fase, as hipóteses de rejeição previstas no artigo 395 do referido Codex”, concluiu o magistrado em despacho publicado no dia 19 de abril deste ano.

Réus

Os 22 réus são Ana Claudia Alves Flores, Carmo Name Júnior, Claudio Jordão de Almeida Serra Filho (Claudinho Serra), Cleiton Nonato Correia, Edmilson Rosa, Fernanda Regina Saltareli, Heberton Mendonça da Silva, Jacqueline Mendonça Leiria, Luiz Gustavo Justiniano Marcondes, Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa, Maxilaine Dias de Oliveira, Milton Matheus Paiva Matos, Paulo Vitor Famea, Rafael Soares Rodrigues, Ricardo Jose Rocamora Alves, Roberta de Souza, Roger William Thompson Teixeira de Andrade, Saulo Ferreira Jimenes, Thiago Rodrigues Alves, Ueverton da Silva Macedo, Valdemir Santos Monção e Yuri Morais Caetano.

O ex-servidor Tiago Basso da Silva, que é citado nas tratativas de pagamento de propina e direcionamento nas licitações, firmou delação premiada com o MPE.

O acordo já foi homologado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e o livrou de ser denunciado com os demais réus.

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