O mês de Maio também é Roxo, entre o ‘Maio Amarelo’ de consonantização no Trânsito, o ‘Maio Roxo’ é um período que chama a atenção da sociedade para as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). Assim, neste mês também se promove uma maior conscientização, melhoria na qualidade de vida dos pacientes, além de espalhar o conhecimento. E para reforçar ainda mais a atenção da população diante destas doenças, no dia 19 de maio também é celebrado o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal.
O Coloproctologista da Unimed Campo Grande, Augusto Motta Neiva, faz um alerta sobre a importância da data: “apesar das Doenças Inflamatórias Intestinais serem relativamente comuns e terem sua incidência crescente no Brasil, por não serem tão conhecidas pela população geral e por apresentarem sintomas comuns à outras doenças, podem passar despercebidas, levando ao diagnóstico tardio, que acarreta maior sofrimento ao paciente e maior risco de sequelas”.
Pensando nisso, o médico explica o que é, quais são os tratamentos, faixa etária mais atingida pelas doenças, diagnóstico, sintomas mais comuns e tratamento.
Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)
São doenças que levam à inflamação do tubo digestivo sem uma causa conhecida.
Principais doenças
– Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI) – caracterizada por acometer o intestino grosso (cólon e reto), apresenta-se de forma contínua, sem pular segmentos e afetar apenas as camadas mais superficiais do intestino (mucosa e submucosa).
– Doença de Crohn (DC) – caracterizada por afetar qualquer local do tubo digestivo, da boca ao ânus, podendo apresentar-se de forma descontínua com segmentos de intestino normal entre segmentos doentes e acometer toda a espessura da parede intestinal.
Outras doenças mais raras
– Colite Inespecífica
– Colite Linfocítica
– Colite Colagênica
Faixa etária mais acometida pelas doenças
São doenças que acometem principalmente adultos jovens, com pico entre a segunda e terceira décadas de vida. Podem afetar crianças, sendo que 20 a 30% iniciam com os sintomas antes dos 18 anos.
Fatores etiológicos
Fatores genéticos, imunológicos, ambientais, alimentares, microbiota intestinal (bactérias que vivem no intestino) e tabagismo, que é considerado fator de piora para pacientes com Doença de Crohn, pode resultar em uma resposta inflamatória “exagerada” do intestino.
Sintomas
– Diarreia
– Sangramento retal
– Dor abdominal
– Urgência evacuatória
– Febre
– Perda de apetite
– Fadiga / Cansaço
– Perda de peso
– Déficit de crescimento na criança
– Podem ainda ocorrer sintomas extra-intestinais, como: olhos vermelhos, manchas na pele, dores articulares, alterações no fígado, dentre outros.
Diagnóstico
O diagnóstico envolve a consulta médica, exame físico criterioso e exames complementares, como por exemplo, exames de sangue, raio x, tomografia, dentre outros.
Tratamento
Infelizmente ainda não há cura. Porém, com os vários tratamentos existentes, é possível minimizar os sintomas, melhorando a qualidade de vida, inclusive chegando à remissão clínica sustentada, que é ficar sem sintomas por um bom período de tempo.
Recomenda-se uma dieta saudável, sem excessos, buscando evitar aquilo que sabidamente agrava os sintomas. Por exemplo, pacientes com diarreia e dor abdominal devem evitar fibras, frituras e alimentos gordurosos, que podem soltar o intestino. O uso de bebida alcoólica deve ser evitado. Parar de fumar é fundamental, principalmente para os pacientes com Doença de Crohn.
Medidas para prevenção das doenças
Apesar de não haver forma de prevenir estas doenças, o diagnóstico precoce, o acompanhamento médico periódico e o uso regular das medicações são fundamentais para diminuir o risco de complicações, minimizando o impacto na qualidade de vida.
Fonte: Ascom Unimed CG