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domingo, 19 de maio, 2024
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Manifestação no Parque dos Poderes vai cobrar respostas sobre a letalidade policial em MS

Uma manifestação contra a letalidade policial vai tomar conta do Parque dos Poderes, em Campo Grande, na tarde desta quarta-feira (12). A ação é liderada pelo Instituto Anjos da Liberdade, organização social que desenvolve projetos na área de direitos humanos em todo o Brasil.

De acordo com as informações da organização, o ato terá início a partir das 13h e deve reunir cerca de 100 pessoas, incluindo pais e mães de jovens que foram mortos em ações policiais.

Ainda segundo o Instituto, dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) apontam que 49 pessoas foram mortas em confrontos com a PM entre janeiro de 2021 a fevereiro de 2023 somente na Capital.

O histórico aponta que no ano de 2021, foram 17 vítimas fatais; em 2022, 19; e nos dois primeiros meses de 2023, 13 pessoas acabaram mortas em ocorrências policiais.

Já no interior do estado, entre janeiro de 2021 a fevereiro de 2023, foram 59 pessoas mortas nessas situações de conflito envolvendo suspeitos e policiais, novamente segundo os números divulgados pelo Instituto com base nos dados da Sejusp.

Para quem deseja participar do movimento, a concentração será a partir das 13h na rotatória das Avenidas Desembargador José Nunes da Cunha e a Mato Grosso.

Procurada pelo site Enfoque MS e questionada sobre os dados apontados, a assessoria de imprensa da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) informou que foram 40 ocorrências com a denominação Homicídio Decorrente de Oposição a Intervenção Policial e um total de 47 vítimas até a data de 07 de julho de 2023, conforme os dados do SIGO.

Ainda de acordo com a corporação, “para cada uma das ocorrências é instaurado um Inquérito Policial Militar que visa esclarecer todos os fatos atinentes a ocorrência, bem como, ao seu término, apontar se houve ou não indícios de cometimento de crime ou se a ação policial esteve respaldada por uma das excludentes de ilicitude, cabendo ao Poder Judiciário a análise final de todos os procedimentos instaurados”.

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