Sindicato fará assembleia para analisar as propostas encaminhadas pelo Estado no próximo sábado (21)
Os policiais civis de Mato Grosso do Sul realizam nesta quinta-feira (19) uma paralisação de 24h nos atendimentos das delegacias, iniciando às 8h e encerrando no mesmo horário de sexta-feira (20). A ação faz parte do movimento de campanha salarial da categoria, organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol).
O movimento, que teve início no final de agosto, tem o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir a promessa de valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. Em Campo Grande a concentração será em frente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro.
A paralisação não afetará os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito. O Sinpol garante que a segurança pública será mantida e os casos mais urgentes serão atendidos.
“O Sinpol conclama todos os policiais civis, filiados ou não, a se unirem ao movimento, demonstrando a força da categoria e a necessidade de uma resposta urgente do governo”, afirma o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.
O que pedem os policiais
Os policiais civis estão pedem um reajuste de 28% no subsídio, para que seus salários alcancem a sexta posição no ranking nacional. Entre as demandas estão também o aumento do auxílio-alimentação para R$ 800, a implementação de um auxílio-saúde semelhante ao oferecido aos delegados, a remuneração por plantões voluntários e um adicional de fronteira.
Contudo, o secretário Felini afirmou que o governo mantém a proposta inicial de incorporar o auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, que pode chegar a aproximadamente R$ 1.200, dependendo da posição do policial na carreira. Para as remunerações mais baixas, haveria ainda um abono de R$ 150 para compensar os descontos previstos na folha de pagamento. A medida beneficiaria cerca de 3.200 pessoas, incluindo aposentados e pensionistas.
Felini destaca que essa proposta pode representar um aumento real de 8% e demonstra a disposição do governo em atender parte das demandas dos policiais. No entanto, além do aumento de 100% no auxílio-alimentação, os servidores pedem também um auxílio-saúde, similar ao criado recentemente por lei para os delegados, e um reajuste salarial de 18%.
Uma segunda alternativa, segundo Felini, seria encurtar a progressão na carreira, eliminando a fase inicial, cuja remuneração é atualmente de R$ 5,7 mil, o que elevaria o piso salarial para R$ 6,3 mil, beneficiando entre 300 e 400 pessoas.
O secretário de Administração ressalta que, no momento, não há condições para implementar um escalonamento gradativo de remuneração, uma vez que isso demandaria ajustes orçamentários.