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sexta-feira, 9 de maio, 2025
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Por reajuste, policiais civis paralisam trabalho por 24 horas, diz sindicato

Sindicato fará assembleia para analisar as propostas encaminhadas pelo Estado no próximo sábado (21)

Os policiais civis de Mato Grosso do Sul realizam nesta quinta-feira (19) uma paralisação de 24h nos atendimentos das delegacias, iniciando às 8h e encerrando no mesmo horário de sexta-feira (20). A ação faz parte do movimento de campanha salarial da categoria, organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol).

O movimento, que teve início no final de agosto, tem o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir a promessa de valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. Em Campo Grande a concentração será em frente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro.

A paralisação não afetará os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito. O Sinpol garante que a segurança pública será mantida e os casos mais urgentes serão atendidos.

“O Sinpol conclama todos os policiais civis, filiados ou não, a se unirem ao movimento, demonstrando a força da categoria e a necessidade de uma resposta urgente do governo”, afirma o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.

O que pedem os policiais

Os policiais civis estão pedem um reajuste de 28% no subsídio, para que seus salários alcancem a sexta posição no ranking nacional. Entre as demandas estão também o aumento do auxílio-alimentação para R$ 800, a implementação de um auxílio-saúde semelhante ao oferecido aos delegados, a remuneração por plantões voluntários e um adicional de fronteira.

Contudo, o secretário Felini afirmou que o governo mantém a proposta inicial de incorporar o auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, que pode chegar a aproximadamente R$ 1.200, dependendo da posição do policial na carreira. Para as remunerações mais baixas, haveria ainda um abono de R$ 150 para compensar os descontos previstos na folha de pagamento. A medida beneficiaria cerca de 3.200 pessoas, incluindo aposentados e pensionistas.

Felini destaca que essa proposta pode representar um aumento real de 8% e demonstra a disposição do governo em atender parte das demandas dos policiais. No entanto, além do aumento de 100% no auxílio-alimentação, os servidores pedem também um auxílio-saúde, similar ao criado recentemente por lei para os delegados, e um reajuste salarial de 18%.

Uma segunda alternativa, segundo Felini, seria encurtar a progressão na carreira, eliminando a fase inicial, cuja remuneração é atualmente de R$ 5,7 mil, o que elevaria o piso salarial para R$ 6,3 mil, beneficiando entre 300 e 400 pessoas.

O secretário de Administração ressalta que, no momento, não há condições para implementar um escalonamento gradativo de remuneração, uma vez que isso demandaria ajustes orçamentários.

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