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Sem policiamento, fronteira está escancarada ao crime

27/08/2014 18h11

Sem policiamento, fronteira está escancarada ao crime

Correio do Estado

A falta de efetivo e estratégias policiais nas cidades sul-mato-grossenses situadas na fronteira com a Bolívia e Paraguai, maiores produtores de cocaína e maconha, respectivamente, deixam a população à mercê da criminalidade. Saturados com a situação, no início deste mês, moradores de Ponta Porã, por exemplo, promoveram manifestação e representantes da Associação Comercial do município foram a Campo Grande pedir socorro ao Governo do Estado, pelo fim da violência.

Os números também impressionam: mesmo com um policiamento deficiente, já foram apreendidas 210,8 toneladas de maconha somente entre janeiro e julho deste ano. A última grande operação de enfrentamento ao crime, nas áreas em questão, foi desenvolvida no mês de junho, por causa da Copa do Mundo.

Para se ter uma ideia da gravidade do problema, o número de policiais federais, que têm a função de investigar tráfico internacional de drogas, é bem menor do que o necessário. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul, Jorge Luiz Caldas, para suprir a demanda das regiões de fronteira, deveria haver o dobro de policiais. Segundo ele, atuam em Ponta Porã, Corumbá, Naviraí e Dourados cerca de 200 policiais. Portanto, seriam necessários, pelo menos, outros 200.

“O ideal seria o dobro de homens que temos hoje em dia, ou mais. O problema é com a política governamental do atual Governo federal. Não há estímulo para que o policial queira continuar atuando na fronteira. Quando o policial está ficando experiente, desestimulado, faz concurso de remoção para sair. As estruturas estão sucateadas. A deficiência no efetivo, infraestrutura e aparelhamentos não oferecem condições de trabalho e afetam o desenvolvimento de um policiamento ostensivo e preventivo eficaz”, reclamou.

Estado tem “portas abertas” para entrada de maconha.

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