As investigações quanto ao assassinato do promotor de Justiça Marcelo Pecci continuam na Colômbia. Nesta semana, quatro dos cinco pistoleiros presos no dia 03 deste mês por envolvimento no crime foram condenados a 23 anos e seis meses de prisão em regime fechado. O quinto detido ainda está com o processo em aberto por falta de provas, ele alega ser inocente enquanto que os demais já teriam confessado alguma ligação com o crime.
Na sexta-feira (17), jornais colombianos divulgaram novas imagens que confirmam que Marcelo Pecci e a esposa estavam sendo acompanhados e monitorados por dois destes cinco investigados. A dupla foi vista no restaurante do hotel em que o promotor e a esposa estavam hospedados.
A investigação ainda tenta descobrir quem foi o mandante do assassinato. Entre as suspeitas está que o crime tenha sido orquestrado por um consórcio envolvendo grupos criminosos do Brasil, como o PCC (Primeiro Comando da capital), e também da Colômbia.
Dos cinco presos, quatro são colombianos e um é natural da Venezuela. Com o grupo, também foram encontrados roupas e até as armas usadas no dia da morte do promotor. A Polícia Nacional do Paraguai, que faz parte da força-tarefa juntamente com investigadores da própria Colômbia e também dos Estados Unidos, encerrou o que chamou de primeira fase do caso e agora, de acordo com o comissionário, a segunda fase está em chegar até os verdadeiros autores do assassinato.
O caso
Marcelo Pecci foi morto na praia de Barú, na região do caribe colombiano, em 10 de maio. Na ocasião, ele estava em sua lua de mel, após ter se casado no dia 30 de abril com a jornalista Claudia Aguilera. No dia em que foi morto, ela revelou para ele que estava grávida.
O promotor, de 45 anos, era conhecido por investigar casos de tráfico e do crime organizado na região de fronteira do Paraguai. Seu assassinato, cometido por mercenários que dispararam a bordo de jet skis, comoveu a sociedade paraguaia.
