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segunda-feira, 27 de maio, 2024
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Superlua dos Cervos acontece na próxima quarta-feira

Preparem as suas câmeras! Ao entardecer da próxima quarta-feira (13), a partir das , uma Superlua surgirá deslumbrante no céu à frente da constelação de Sagitário. Batizada de “Buck Moon” – ou Lua dos Cervos, em tradução livre – pela cultura nativo-americana dos Estados Unidos, a lua cheia de julho, que também é a terceira Superlua do ano, está próxima ao perigeu: o local da sua máxima aproximação à Terra durante a sua órbita elíptica em torno do nosso planeta.

Para que uma Superlua ocorra, a doutora em astronomia (IAG – USP) e professora aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Telma Cenira Couto da Silva, o centro da Lua precisa estar a menos de 360.000 km do centro da Terra.

+ Céu do mês: julho terá chuva de meteoros e Lua dos Cervos

A passagem da Lua pelo perigeu e o início da fase cheia dificilmente ocorrem simultaneamente. Nesta quarta, a Lua passará pelo perigeu às 5h06 e entrará na fase cheia às 14h38 no horário de MS.

Isso indica que, ao se pôr, no alvorecer do dia 13, a Lua estará mais próxima ao perigeu, porém, quase, mas não ainda, na fase cheia. A Lua que surgirá no anoitecer de 13 de julho já estará na fase cheia, uma Super-Lua. Tanto na madrugada do dia 13, quanto ao anoitecer desse dia, a Lua estará majestosa no céu, digna de ser admirada. Esse será o melhor dia de sua observação, porém, ela já estará muito bela ao anoitecer do dia 12 e continuará esplendorosa no amanhecer do dia 14.

Por ilusão de óptica, a Lua parece maior quando está próxima ao horizonte. Então, será melhor observá-la quando ela estiver se levantando no céu, ou, quando estiver se pondo. A Lua irá se levantar entre o leste e o sudeste e, se pôr, entre o sudoeste e o oeste.

Aproveite para observar o espetáculo. Após esta, a próxima Superlua só ocorrerá em primeiro de agosto de 2023.

Como observar a Superlua

Não é preciso usar nenhum equipamento profissional para acompanhar a Superlua. Basta olhar para o céu.

A primeira hora após o nascimento é o melhor momento para observar, pois a Superlua dos Cervos poderá exibir diferentes variações de tonalidade, como: amarelada, alaranjada ou avermelhada, devido à interação com a atmosfera.

Sites ou aplicativos de astronomia (como Skywalk, Starchart, Sky Saari ou Stellarium) podem ajudar a descobrir os melhores horários de visibilidade em sua região, além de serem úteis para encontrar a posição de outros corpos celestes.

Outros fenômenos para acompanhar em julho:

15/7: Conjunção entre Lua e Saturno

A Lua, ainda bem cheia (90% de iluminação), ganhará a companhia do planeta dos anéis. A partir das 21h, Saturno aparecerá acima e à esquerda dela, como uma estrela dourada de brilho fixo.

Com telescópios, binóculos, ou mesmo uma câmera com teleobjetiva (lente zoom), é possível ver mais detalhes dos corpos, como as crateras da Lua e os anéis de Saturno.

Entre 18 e 19/7: Conjunção entre Lua e Júpiter

O segundo planeta mais brilhante (depois de Vênus) vai fazer ainda mais bonito: dar um “beijo” no nosso satélite. A partir da meia-noite de 18 para 19, será possível ver Júpiter bem coladinho, acima e à esquerda da Lua. Ressaltando que, quando falamos em conjunções, nos referimos do ponto de vista da Terra. No espaço, os corpos estão separados por milhões de quilômetros.

Entre 20 e 21/7: Conjunção entre Marte e Lua

Para completar os encontros celestes, a Lua minguante poderá ser vista próxima do planeta vermelho. A partir das 2h da madrugada do dia 21, o vizinho Marte estará logo abaixo de nosso satélite, como uma estrela avermelhada. Eles são, de fato, os dois corpos mais próximos do Sistema Solar.

Entre 28 e 29/7: Pico da chuva de meteoros Piscis Austrinids

A primeira de um trio de chuvas de meteoros de julho. Ativa entre 15 de julho e 10 de agosto, seu pico acontece na madrugada entre os dias 28 e 29. O radiante (ponto onde os meteoros aparentam convergir) é a constelação do Peixe Austral — não confundir com Peixes. O melhor horário para observação é entre 2h e 4h da madrugada, quando estará mais alta no céu. Só não espere muito; é uma chuva fraca, com cerca de cinco “estrelas cadentes” por hora. O corpo que a originou é desconhecido. Pode ser um antigo cometa que já se desintegrou.

Use um app de observação astronômica para encontrar a constelação. Mas não é preciso fixar o olhar neste ponto: os meteoros irradiam de toda área ao redor.

30/7: Pico das chuvas de meteoro Delta Aquáridas do Sul e Capricórnidas

É a noite mais aguardada do mês. Com o pico de duas chuvas coincidindo, e mais alguns resquícios da Piscis Austrinids, previsões otimistas dizem ser possível ver até 30 meteoros por hora. No ano passado, elas deram um show nos céus brasileiros.

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