19.8 C
Campo Grande
sábado, 18 de maio, 2024
spot_img

Comércio e instituições do Agronegócio lideram suposta ‘greve geral’ em MS

A semana de Mato Grosso do Sul começou com a suposta chamada ‘greve geral’ convocada para esta segunda-feira (7), para reforçar ou tentar ampliar os atos antidemocráticos que ocorreram pelo Brasil ou ocorrem a oito dias em Campo Grande contra resultado das eleição presidencial. Hoje, pela manhã, um ‘anuncio’ da ação começou com um buzinaço nos altos da Avenida Afonso Pena para marcar o ‘dia especial’ de protesto ante que em Campo Grande estão a dias na concentração no CMO (Comando Militar do Oeste), na Avenida Duque de Caxias. Veja abaixo, que no segundo maior município de MS, Dourados, havia a expectativa de adesão de mais de 200 empresários.

Contudo, como parte das manifestações contrárias ao resultado das urnas nas eleições do dia 30 de outubro, o movimento ‘grevista’ está sendo por parte, da chamada base bolsonarista, entre comércio e instituições de Mato Grosso do Sul ligadas ao agronegócio, que não têm expediente nesta segunda-feira (7). Empresários do setor, principalmente no interior do Estado, também convocam paralisação das atividades para movimento batizado de ‘greve geral’ em MS, que atingiu 59% dos votos a Jair Bolsonaro ante os 41% a Lula no Estado do Agronegócio.

Empresários do setor agropecuário também decidiram fechar as portas nesta segunda. Empresas de todo o Estado divulgaram no fim de semana que irão aderir à “greve geral”, como os manifestantes têm chamado a paralisação. No interior do Estado, listas de empresas que teriam confirmado participação do ato circulam nas redes sociais. Ainda não há balanço de quantos estabelecimentos fecharam as portas nesta segunda em Mato Grosso do Sul.

As instituições, todas da área do Agro, ‘fecharam’, como a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de MS) e a Fundação MS divulgaram em suas redes sociais que não haverá expediente hoje em “apoio às manifestações pacíficas e ordeiras que estão ocorrendo em todo o Brasil”.

Sindicatos rurais seguem a decisão das federações e associações e também interromperam os atendimentos nesta segunda em algumas cidades de Mato Grosso do Sul, como é o caso de Naviraí e Coxim.

Bolsonaristas da Capital se concentram na Duque de Caxias

Em Campo Grande, as manifestações antidemocráticas, dos ditos cidadãos insatisfeitos com o resultado da eleição presidencial se concentram na Avenida Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Oeste. A semana foi de altos números de participantes, com auge no feriado de quarta-feira, 2 de novembro, após houve diminuição nos dias seguintes, retornado grande fluxo neste domingo (6), onde os atos se intensificaram à tarde e quem protestava no local convocava empresários a aderir à “greve geral”, programada para tentar aumentar o movimento.

Na manhã desta segunda, apenas uma pista da avenida estava liberada para o tráfego, que seguia lento. No canteiro central da avenida, há barracas e caminhões, mas não havia manifestantes fazendo bandeiraço no momento em que a reportagem foi ao local, por volta das 7 horas.

Grades foram instaladas em pontos próximos da entrada do CMO e barracas de acampamento que estavam nos locais até a tarde de domingo, foram retiradas e se concentram no canteiro da via.

Caminhoneiros prometem voltar às rodovias

Em alguns estados do país, bloqueios de rodovias voltaram a ocorrer na madrugada desta segunda. Em Mato Grosso do Sul, conforme a PMR (Polícia Militar Rodoviária), não há estradas estaduais bloqueadas. A corporação informou que até o momento há manifestação em quatro pontos distribuídos nas rodovias MS-134, MS-162 e MS-306.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) ainda não informou sobre pontos de manifestação ou bloqueio nesta segunda.

Mais de 200 empresas haviam prometido fechar as portas e engrossar protesto em Dourados

A lista de apoiadores do movimento em apoio ao presidente Bolsonaro deve contar com o apoio de mais de 200 empresas nesta segunda-feira (7) em Dourados.  Desde a semana passada os manifestantes estão concentrados em frente ao 28º Logístico de Dourados.

Conforme publicado pelo Jornal Midiamax na última terça-feira (1), a convocação para ‘greve geral’ teve início com uma carreta que saiu do Trevo da Bandeira, na BR-163, em Dourados, onde os caminhoneiros fizeram bloqueio do acesso às cidades de Caarapó, Campo Grande e Ponta Porã.  Os manifestantes percorreram as principais ruas de Dourados.

Os manifestantes pró-Bolsonaro montaram ‘QG’ em frente ao quartel do 28º Batalhão Logístico, usando o Centro de Tradições Gaúchas. Com muitas famílias reunidas, a orientação para quem participa é ‘estar em vigília pacificamente’. As ruas não chegaram a ser interditadas.

Fale com a Redação